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domingo, 24 de outubro de 2010

Temporão tranquiliza população e diz que superbactéria está restrita a hospitais

SÃO PAULO - O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, pediu neste domingo tranquilidade em relação à proliferação da superbactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KCP).

- A população fique tranquila porque essa é uma situação que acontece apenas em ambiente hospitalar e em pacientes debilitados - disse ele após participar de encontro na capital paulista sobre a definição de diretrizes para minimizar o risco cardíaco em pacientes em tratamento contra o câncer.


Segundo o ministro, com a adoção de medidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), "a situação vai ficar sob controle". Entre as ações da agência, ele destacou a norma que determina a retenção da receita médica na compra de antibióticos.

- (Isso) vai impedir muito o que hoje é um problema seríssimo, que é a automedicação, o uso abusivo e indiscriminado - garantiu.


Além disso, o ministro lembrou a importância de procedimentos simples de higiene, como lavar as mãos, que diminuem muito o risco de contágio pela bactéria.

- Isso serve para os profissionais de saúde e também para os visitantes ao entrar e ao sair (de um hospital).


Temporão destacou ainda que outro ponto fundamental no combate à bactéria é o cuidado no registros dos casos, para melhorar o embasamento de pesquisas sobre o assunto.

Avaliação fenotípica da enzima Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial

Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC - bactérias Gram-negativas -enterobactéria),  produz uma enzima que em isolado bacteriano confere resistência aos antimicrobianos carbapenêmicos, além de inativar penicilinas, cefalosporinas e monobactâmicos(14,15). É importante salientar que os carbapenens compreendem uma classe amplamente utilizada no tratamento de infecções envolvendo Enterobacteriaceae multirresistente(3).

Vários são os mecanismos de resistência que podem impedir a ação dos carbapenens, e a resistência surge, ocasionalmente, da combinação de impermeabilidade da membrana com betalactamases cromossômicas (AmpC) ou de amplo espectro (ESBL)(9).

As carbapenemases pertencem às classes moleculares de Ambler, denominadas A, B e D. As do grupo A incluem membros designados SME, IMI, NMC, GES e a família das KPCs. Destes, as KPCs são as mais prevalentes encontradas em plasmídeos de Klebsiella pneumoniae(13).

A enzima KPC já foi documentada em diferentes bactérias por meio de estudos moleculares e diferenciada em KPC-1 a 4(10), com a seguinte descrição: KPC-1 em isolados de Klebsiella pneumoniae; KPC-2 em K. pneumoniae K. oxytoca, Salmonella enterica e em Enterobacter sp.; KPC-3 em K. pneumoniae e Enterobacter cloacae. Para KPC-4, não foram encontrados microrganismos relacionados(6).

Atualmente, KPC constitui importante mecanismo de resistência no contexto hospitalar mundial. Sua pesquisa é relevante a fim de limitar sua disseminação, contribuindo para a redução dos índices de morbidade e mortalidade ligados a diferentes doenças infecciosas, em que é imprescindível a vigilância microbiológica, juntamente com ação da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH).

As metodologias usadas para rastreamento de KPC são diversificadas: focalização isoelétrica, discodifusão, E-test(2) e teste de Hodge modificado(1). Pode-se ainda pesquisar o gene blaKPC por reação em cadeia da polimerase (PCR) ou ribotipagem. Já foi dito que sistemas de automação usados para teste de suscetibilidade podem não identificar com precisão os isolados KPC positivos(2).

Assim, a triagem fenotípica se dá preferencialmente por meio de antibiograma com discos de cefalosporinas subclasse III (cefoperazona, cefotaxima, ceftazidima, ceftizoxima, ceftriaxona) e imipenem (IPM), meropenem (MEM) e ertapenem (ETP)(3), além do teste de Hodge modificado(1, 8).



http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-24442010000100005

Avaliação fenotípica da enzima Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) em Enterobacteriaceae de ambiente hospitalar

Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial

Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) é uma enzima produzida por bactérias Gram-negativas (enterobactérias), e sua detecção em isolado bacteriano confere resistência aos antimicrobianos carbapenêmicos, além de inativar penicilinas, cefalosporinas e monobactâmicos(14,15). É importante salientar que os carbapenens compreendem uma classe amplamente utilizada no tratamento de infecções envolvendo Enterobacteriaceae multirresistente(3).

Vários são os mecanismos de resistência que podem impedir a ação dos carbapenens, e a resistência surge, ocasionalmente, da combinação de impermeabilidade da membrana com betalactamases cromossômicas (AmpC) ou de amplo espectro (ESBL)(9).

As carbapenemases pertencem às classes moleculares de Ambler, denominadas A, B e D. As do grupo A incluem membros designados SME, IMI, NMC, GES e a família das KPCs. Destes, as KPCs são as mais prevalentes encontradas em plasmídeos de Klebsiella pneumoniae(13).

A enzima KPC já foi documentada em diferentes bactérias por meio de estudos moleculares e diferenciada em KPC-1 a 4(10), com a seguinte descrição: KPC-1 em isolados de Klebsiella pneumoniae; KPC-2 em K. pneumoniae K. oxytoca, Salmonella enterica e em Enterobacter sp.; KPC-3 em K. pneumoniae e Enterobacter cloacae. Para KPC-4, não foram encontrados microrganismos relacionados(6).

Atualmente, KPC constitui importante mecanismo de resistência no contexto hospitalar mundial. Sua pesquisa é relevante a fim de limitar sua disseminação, contribuindo para a redução dos índices de morbidade e mortalidade ligados a diferentes doenças infecciosas, em que é imprescindível a vigilância microbiológica, juntamente com ação da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH).

As metodologias usadas para rastreamento de KPC são diversificadas: focalização isoelétrica, discodifusão, E-test(2) e teste de Hodge modificado(1). Pode-se ainda pesquisar o gene blaKPC por reação em cadeia da polimerase (PCR) ou ribotipagem. Já foi dito que sistemas de automação usados para teste de suscetibilidade podem não identificar com precisão os isolados KPC positivos(2).

Assim, a triagem fenotípica se dá preferencialmente por meio de antibiograma com discos de cefalosporinas subclasse III (cefoperazona, cefotaxima, ceftazidima, ceftizoxima, ceftriaxona) e imipenem (IPM), meropenem (MEM) e ertapenem (ETP)(3), além do teste de Hodge modificado(1, 8).



http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-24442010000100005